Dia da Consciência Negra

“Reconhecer o racismo é a melhor forma de combatê-lo”, destaca Djamila Ribeiro

No livro “Pequeno manual antirracista”, a filósofa, feminista negra e escritora explica que o racismo é parte da estrutura social e, por isso, não necessita de intenção para se manifestar

20/11/2023
Foto: Reprodução

A maioria das pessoas admite haver racismo no Brasil, mas quase ninguém se assume como racista. Neste 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, o Sindicato dos Oficiais de Justiça do Ceaerá (Sindojus-CE) traz trechos do livro “Pequeno manual antirracista”, da filósofa, feminista negra e escritora Djamila Ribeiro. Na obra, a autora destaca que o racismo é parte da estrutura social e, por isso, não necessita de intenção para se manifestar.

“Por mais que calar-se diante do racismo não faça do indivíduo moral e/ou juridicamente culpado ou responsável, certamente o silêncio o torna ética e politicamente responsável pela manutenção do racismo”, frisa. Djamila acrescenta que a inação contribui para perpetuar a opressão, por isso reforça que reconhecer o racismo é a melhor forma de combatê-lo.

É possível não ser racista tendo sido criado em uma sociedade racista? Na visão de Djamila, não. Ela observa que o racismo é algo tão presente na nossa sociedade que muitas vezes passa despercebido, e que o silêncio é cúmplice da violência.

Legislação

Em janeiro deste ano, foi sancionada a Lei nº 14.532/2023, que tipifica como crime de racismo a injúria racial, com a pena aumentada de um a três anos, para de dois a cinco anos de reclusão. Enquanto o racismo é entendido como um crime contra a coletividade, a injúria é direcionada ao indivíduo.

Diga não ao racismo.

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