“Servidores precisam de melhores condições de trabalho”, destaca presidente do Sindojus
Durante entrevista à Tribuna Band News FM, Luciano Júnior denunciou ainda que os servidores estão com duas ascensões funcionais em atraso
Condições precárias de trabalho, ascensões funcionais em atraso, não reposição inflacionária, indenização de transporte defasada e carência de Oficiais de Justiça em todo o Estado foram pontos destacados por Luciano Júnior, presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça do Ceará (Sindojus-CE), durante entrevista à Tribuna Band News FM, no último dia 19 de outubro, sobre o Relatório Justiça em Números 2016 – pesquisa divulgada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que divulga a realidade dos tribunais brasileiros.
Depois de salientar que a melhora no Índice de Atendimento à Demanda foi uma conquista importante para o Poder Judiciário cearense e à sociedade como um todo, obtida graças ao trabalho incansável dos servidores, o presidente do Sindojus enfatiza que é preciso levar em consideração que esse mesmo servidor está com duas ascensões funcionais em atraso, não teve a reposição inflacionária neste ano (o que representa perda salarial) e, no caso do Oficial de Justiça – que trabalha em seu veículo particular para dar comprimento às demandas judiciais, tendo de arcar com o gasto com combustível e manutenção do veículo –, a Indenização de Transporte, criada em 2010, nunca foi reajustada.
Luciano Júnior ressaltou ainda a carência de servidores, sobretudo nas comarcas do Interior. O estudo elaborado pelo CNJ demonstra também que, considerando os dez Tribunais de Justiça de médio porte do País, o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) é o que possui o menor número de servidores. No caso dos Oficiais de Justiça, representa déficit de 151 oficiais, o que acarreta diretamente em sobrecarga de trabalho e, no caso de algumas comarcas, chega a inviabiliza a prestação jurisdicional, agravando ainda mais a morosidade no judiciário.