Fotos e vídeo: Luana Lima

Uma primeira infância com cuidados, amor, estímulo e interação pavimenta o caminho para que a criança aproveite todo seu potencial. Por diversos motivos, nem todas as crianças têm direito à infância. É com foco nessa primeira infância, que trará impactos no desenvolvimento e na pessoa adulta que elas se tornarão, que o Instituto da Primeira Infância (Iprede) desenvolve o seu trabalho. Como forma de apoiar esse importante serviço prestado pela instituição, o Sindicato dos Oficiais de Justiça do Ceará (Sindojus-CE) realizou ontem a entrega das doações de latas de leite feitas pela categoria dos Oficiais de Justiça por ocasião dos festejos de 30 anos da entidade.

Foram, ao todo, 75 latas e 25 pacotes de leite em pó entregues pela categoria na recepção da festa em comemoração pelos 30 anos do Sindojus. Foram arrecadados, ainda, R$ 750,00, os quais serão convertidos em mais doações à instituição. Em nome do Iprede, a psicóloga Joana Clemente manifestou o agradecimento aos Oficiais de Justiça, pelo bem que estão fazendo àquela casa.

“Gostaria de agradecer em nome das crianças e dos autistas atendidos nesta casa, que é o Iprede. Esse é um canal coletivo em que vocês estão aqui, fazendo essa pluralidade e dando a essas crianças e essas famílias a existência, seja por meio do leite, da doação de roupa, da destinação do imposto de renda ou por meio do seu tempo, tempo esse que é essencial, de estar aqui dividindo com as nossas crianças e famílias um pouco do seu conhecimento e do seu amor. É o amor que com certeza vai mudar toda essa história de vida, essa história que começa na infância e amanhã essas crianças devolverão tudo aquilo que a gente deixou semeado nelas”, destacou.

Instalações e serviços 

Durante a entrega, o presidente Vagner Venâncio, a diretora Fernanda Garcia e o Oficial de Justiça e presidente da Fundação da Criança e da Família Cidadã (Funci), Iraguassú Teixeira Filho tiveram oportunidade de conhecer todas as instalações do Instituto, que atende mensalmente 1.350 crianças em situação de vulnerabilidade social e 600 autistas.

Entre os diversos serviços ofertados estão de: pediatria, enfermagem, atendimento psicossocial, nutrição, psicomotricidade, educação física, fonoaudiologia, terapia ocupacional, fortalecimento do vínculo mãe/criança, ginecologia, intervenções odontológicas. A estrutura conta com o espaço ateliê, brinquedoteca, espaço para apresentações teatrais, contação de histórias, pintura e desenhos, cineminha.

O presidente Vagner Venâncio enalteceu a importância do trabalho realizado pelo Iprede, de empatia em favor de pessoas menos favorecidas. E agradeceu a todos os oficiais e oficialas que, atendendo ao apelo feito pelo sindicato, doaram latas de leite à instituição. “A minha gratidão, em nome da diretoria, pelas doações feitas. Estamos felizes de estar aqui para que dar essa contribuição. Hoje eu senti na pele o que é exercer a empatia. O trabalho feito pelo Iprede emociona. Conte conosco”, frisou.

Foco do trabalho

Joana Clemente explicou que o Iprede realiza atendimento com foco na primeira infância, período que se estende de 0 a 6 anos e que constitui o momento da vida em que se desenvolvem capacidades e habilidades essenciais para o desenvolvimento como um todo. Acrescentou também que o trabalho é feito por meio da ferramenta mais importante de todas: a família. Para atingir a criança, a instituição trabalha não só a saúde, assistência e educação, mas principalmente a capacitação profissional de suas famílias, por meio de quatro áreas: zeladoria, estética, culinária e costura.

“A gente faz uma capacitação profissional e até mesmo uma inserção no mercado de trabalho através de parceria com empresas, estímulo ao empreendedorismo, é uma grande ruptura nesse vulnerabilidade que se perpetua de geração para geração e aí sim, através da mulher a gente consegue promover essa infância”, destaca.

Autismo

O Iprede atende também crianças com autismo, com o objetivo de encontrar a funcionalidade dessa criança e desse futuro adolescente: o potencial daquele autista. “Qual é o potencial dele? É o desenho? A educação física? A música? O teatro? Para que a gente no futuro possa inseri-lo socialmente, mas principalmente, que é o grande objetivo do Iprede: produtivamente”, ressaltou. Criada há três anos, a unidade de atendimento à criança e ao adolescente com autismo é chamada de Conecta.

Como contribuir com a casa?

Existem muitas formas de contribuir com o Iprede. A mais conhecida é a doação de leite, mas o instituto faz a distribuição de vários alimentos: arroz, feijão, massa, açúcar, mas de todos eles o leite é o mais caro, por isso, esclarece a psicóloga, sempre vão ver na televisão pedidos para doação de leite. No entanto, ela reforça que podem ser feitas contribuições com doação de peças de roupa, calçado, mobília, na conta de energia por meio de um programa em que a pessoa pode doar quanto quiser, destinando no imposto de renda para apoiar os projetos do Iprede, sendo voluntário da casa. “São diversas possibilidades em que você pode destinar um pouco do seu tempo e mudança a vida de crianças da casa”, informa Joana Clemente.

Sindojus Social

Essa é mais uma ação do Sindojus Social cujo objetivo é ajudar a quem precisa. Oficiais e oficialas de Justiça, que diariamente estão nas ruas e acompanham de perto tantas mazelas sociais, podem fazer a diferença na vida de pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Saiba como ajudar o Iprede – AQUI.

Confira o vídeo com a psicóloga do Iprede, Joana Clemente: