Papel social dos Oficiais de Justiça é exaltado em sessão solene na Alece
O deputado Guilherme Landim, autor do requerimento, ressaltou que os profissionais atuam como um elo entre o Judiciário e a população, enfrentando em seu cotidiano inúmeras adversidades
A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) promoveu, na tarde desta segunda-feira (29/04), solenidade para comemorar o Dia Nacional dos Oficiais de Justiça, celebrado anualmente na data de 25 de março. Durante o evento, foram ressaltadas as contribuições dos servidores para a efetivação das decisões judiciais e manutenção da ordem pública.
A homenagem atendeu a requerimento do deputado Guilherme Landim (PDT). Ele ressaltou que os profissionais atuam como um elo entre o Judiciário e a população, enfrentando em seu cotidiano inúmeras adversidades, como o contato com as desigualdades sociais e a violência. “[Vocês] Fazem isso com toda boa vontade, dedicação, empenho, e cabe a nós estarmos juntos para valorizar e fazer com que a cada dia vocês possam ter condições de trabalho condizentes com esses desafios que vocês enfrentam”, declarou.
O parlamentar lembrou que sua relação com a categoria teve início ainda com o seu pai, Wellington Landim, que foi deputado estadual e trabalhava para possibilitar a implementação de melhorias para os profissionais. “Quanto mais nós pudermos avançar para que vocês tenham melhores condições de trabalho, nós estamos dando à sociedade cearense uma prestação de serviço com mais esmero, com mais qualidade e que possa atender a expectativa de todo o nosso povo cearense”, afirmou.
O vice-presidente do Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE), desembargador Heráclito Vieira de Sousa Neto, destacou a importância dos oficiais para a materialização das decisões dos magistrados e para a relação do judiciário com os cidadãos.
Na avaliação do desembargador, as novas tecnologias e inteligências artificiais, ao contrário do que alguns especialistas indicavam há alguns anos, não chegam como um adversário e não resultarão em substituição gradativa da força de trabalho no Judiciário. “Há atos que só podem ser concretizados com a atuação do oficial de justiça, não pelo ato em si, mas pelas consequências sociais e humanas que esses atos produzem. Então o oficial de justiça não é só aquele profissional que cumpre atos, a função transborda a isso, às vezes ele é psicólogo, conciliador ou um assistente social”, considerou.
A mesa da cerimônia contou ainda com a participação do vereador da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) e oficial de justiça Iraguassu Teixeira (PDT); da presidente da Associação dos Oficiais de Justiça e Avaliadores Federais do Estado do Ceará, Claudionora Pires dos Santos, e do presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça do Estado do Ceará, Francisco Vagner Lima Venâncio.
Falando em nome dos agraciados, a oficiala de justiça Érica Santos Correia Florencio, da Comarca de Fortaleza, refletiu sobre a amplitude da atuação dos profissionais, que, no cumprimento das suas funções, percorrem diferentes localidades e se depararam com inúmeras realidades. “Mesmo no campo do invisível, nós, oficiais de justiça, é quem enxergamos a desesperança, a dor, o luto das mães que perderam seus filhos, mas também compartilhamos a renovação da fé de que a justiça virá, de alguma forma, virá”, completou.
Também estiveram na lista de homenageados os oficiais de justiça Antônio Glauber Catunda Peres, Ana Cláudia Girão Nogueira, Ana Gláubia de Sousa Paiva, Djalma Rodrigues de Queiros, Eudorio Dias Cabral, Ivo Silva Gomes, Maria Alivanete dos Santos, Maria das Graças Ribeiro e Rocidelia Dantas Gomes.
Por Ariadne Sousa
Edição: Clara Guimarães
*Fonte: Alece