Nota de pesar

Morre, aos 66 anos, o Oficial de Justiça Manoel Maranguape de Queiroz, da comarca de Coreaú

O servidor foi a óbito no último dia 23 por complicações de um AVC que sofreu em fevereiro deste ano. Ele deixa um único filho. O Sindojus decreta luto oficial de três dias

27/03/2024
Fotos: Arquivo da família

É com profundo pesar e consternação que o Sindicato dos Oficiais de Justiça do Ceará (Sindojus-CE) informa o falecimento, no último dia 23, aos 66 anos, do Oficial de Justiça Manoel Maranguape de Queiroz, que era lotado na comarca de Coreaú, região Norte do Estado, por complicações de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que sofreu no dia 28 de fevereiro. O rito de despedida ocorreu em Coreaú, onde residia. Ele deixa um único filho, que leva o seu nome – Manoel Maranguape de Queiroz Júnior –, e a ex-esposa, com quem foi casado durante 29 anos e foi quem o acompanhou durante o período de internação hospitalar, em Sobral.

Maranguape, como era conhecido, ingressou na carreira de Oficial de Justiça em 1986, sempre na comarca de Coreaú. Aposentou-se em 2019, um pouco antes da pandemia, depois de 33 anos de serviços prestados ao judiciário cearense.

Acolhimento

Júnior conta que o pai adorava a profissão e gostava de estar com pessoas simples, como costumava falar. Ele disse, inclusive, que se sentiu acolhido durante o velório, realizado na residência do servidor. “Eu sabia que ele era querido, mas não imaginava que era tanto. Muitas pessoas vieram falar comigo para dizer o quanto ele as ajudaram. O papai gostava muito de conversar, criava vínculos de amizade. Muitas pessoas me abraçaram, contaram histórias das mais diversas, acredito que tenha sido influência do trabalho”, observa.

Júnior complementa que foi o pai quem o apresentou ao mundo. “Foi ele quem me levou para conhecer o Rio de Janeiro e me deu uma visão diferente de mundo. Quando precisava era rude, mas foram os puxões de orelha que me trouxeram para a realidade, para a vida. Foi ele quem moldou o meu caráter. Era uma pessoa muito batalhadora, saia de casa cedo. Sempre passou esse exemplo de humildade, caráter, honestidade. O papai era uma pessoa muito, muito gente boa mesmo. Todos dizem isso, não só eu”, afirma.

Maranguape tinha veia empreendedora. Durante muitos anos foi proprietário de um depósito de material de construções. E também era um homem do campo. “Ele ia duas ou três vezes por semana ao campo, se não fosse ficava doente, tenha certeza disso. Gostava demais mesmo”, conta o filho.

Respeito

Elder Aguiar, Oficial de Justiça da Central de Mandados Judiciais (Ceman) de Fortaleza, tomou posse junto com Maranguape. E durante cerca de 14 anos trabalharam juntos na comarca de Coreaú, antes de ser transferido para a Capital. Foi com grande surpresa que ele recebeu a notícia da partida do colega de trabalho e amigo. Elder comenta que Maranguape sempre foi uma pessoa prestativa, atenciosa e humana. No município, conquistou o respeito de todos não só por ser um representante da justiça, pelo cargo, mas por causa da postura profissional e pessoal.

“Era uma pessoa do bem, ordeira, que tinha o respeito de todos. Tivemos bons momentos durante esse período em que trabalhamos juntos em Coreaú. A vida passa, mas fica registrado na memória os bons momentos que vivemos lá. Todos estão muito pesarosos pela partida dele”, lamentou Elder.

Solidariedade

O Sindojus, em nome dos oficiais e oficialas de Justiça de todo o Ceará, lamenta profundamente tão significativa perda e roga a Deus que conforte o coração dos familiares e amigos de Manoel Maranguape de Queiroz nesse momento de dor profunda. A entidade decreta luto oficial de três dias.

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Luana Lima

Jornalista

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