Dupla que se passava por oficiais de Justiça é presa no bairro Benfica
Um homem e uma mulher que se passavam por oficiais da Justiça Federal para aplicar golpes em bancos e no comércio de Fortaleza foram presos pela Polícia Civil
Cláudio Roberto Ferreira de Assis, 39, e Vládia Rodrigues Vieira, 31, foram presos em flagrante em um veículo Volkswagen Voyage, na Avenida da Universidade, em frente à Reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC). A dupla estava vestida com uniformes falsos da Justiça Federal, portando materiais também falsos do órgão, inclusive um simulacro de pistola, além de documentos de identidade e cartões de crédito falsos.
Eles levavam uma terceira pessoa no veículo para cometerem um novo golpe no comércio, quando uma equipe da Polícia Civil, formada pelos inspetores Paulo Florentino, Leonardo Veras e Nonato Florindo, avistou o veículo com as características apontadas pela investigação, iniciada há três meses.
Segundo o titular da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF), Jaime Paula Pessoa Linhares, Cláudio e Vládia utilizavam as identificações falsas para abrir contas e fazer empréstimos em bancos, realizando compras no comércio. Eles se passavam por oficiais da Justiça para ganhar mais credibilidade junto às empresas atacadas.
Aliciamento
A terceira pessoa no veículo era Félix Nolis Martins Gonçalves, 48, apontado pela investigação da Polícia Civil como uma das pessoas aliciadas por Cláudio e Vládia para cometer golpes. Ele também estava com identidade falsa e foi preso junto à dupla.
O delegado Jaime Paula acredita se tratar de uma quadrilha maior. O tamanho do rombo que os golpistas causaram no mercado ainda não é conhecido pela Polícia, que espera que as vítimas do grupo ainda apareçam.
“Quando o suspeito queima (usa) esses quatro nomes, da mesma forma que eles fizeram com esses quatro, esse suspeito faz com outros quatro, com mais oito, mais dez. O valor, a gente vai saber quando as lojas, as vítimas, começarem a aparecer”, afirmou o titular da DDF.
Cabeça
Para o delegado, Cláudio, que não tinha antecedentes criminais, é um dos líderes da quadrilha. Ele se utilizaria do seu conhecimento técnico em design gráfico para falsificar os documentos. Vládia já havia respondido por comércio de entorpecentes, enquanto Félix já teve passagem pela DDF em 2014.
O grupo irá responder por formação de quadrilha, falsificação de documento público, falsificação de documento particular (pois utilizavam endereços de terceiros), falsidade ideológica e uso de identidade falsa. Conforme o surgimento das vítimas do golpe, eles também poderão responder por estelionato.
Fonte: Diário do Nordeste