A servidora Madruga Aparecida Nobre, técnica judiciária lotada na Comarca de Limoeiro do Norte foi alvejada na ontem à noite com tiros disparados dentro de sua própria casa por desconhecidos. A servidora continua hospitalizada em estado grave e a Polícia ainda não determinou a autoria do crime.

A violência atinge também os Fóruns no interior do Estado, vítimas de arrombamentos e furtos. Levantamento recentemente realizado pelo Jornal O Povo dá conta que de 2010 a 2012 dezenove Comarcas tiveram equipamentos e sedes danificados e furtados.

No dia 12/09 o Sindojus-PA denunciou que policiais militares e delegado de polícia do Estado do Pará são acusados de suposto crime de abuso de autoridade, cárcere privado e tortura contra oficial de justiça. Diante da gravidade do ocorrido, o Sindojus-PA solicitou a intervenção e apuração do caso ao Sr. governador do Estado do Pará, ao procurador geral de justiça do Ministério Público do Estado do Pará, a Corregedoria da Polícia Militar, ao secretário de Segurança Pública, ao Comando da Polícia Militar e será encaminhado ofício para a Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal para que passe a acompanhar o caso.

A omissão gera mais violência

Os oficiais de justiça, pela circunstância de exercer atividade externa em locais perigosos e tratando diretamente com réus de crimes violentos, vivem constantemente sob o risco de se tornar vítimas da violência. Até mesmo o direito a legítima defesa é cerceado pela inexistência do porte de arma.

O presidente da Federação Nacional dos Oficiais de Justiça do Brasil, João Batista Fernandes, declara que “esta condição é insustentável e a Fenojus fará um Cadastro Nacional da Violência contra oficiais de justiça no site da Federação”. O Sindojus-CE buscará marcar audiência com o desembargador Teodoro Silva Santos para agilizar a tomada de providências acerca da melhoria de condições de segurança para os meirinhos.