Em mais um caso de agressão a Oficiais de Justiça do Ceará, a oficiala Rocidelia Dantas, lotada na Coordenadoria de Cumprimento de Mandados (Coman) de Fortaleza, foi mordida, na última quarta-feira (25), por um pastor alemão, enquanto cumpria mandado no bairro Parquelândia. O caso ocorreu às 7 horas, na primeira diligência do dia.

“Foi o meu café da manhã”, diz em tom de brincadeira. Ela conta que chegou à porta da casa, bateu palmas e o cachorro foi recebê-la. Como o portão era vazado, dava para ver o tamanho do cão. Por já conhecer o intimado de outra diligência, ele a tratou bem. Inclusive, chamou-a de doutora e convidou-a para entrar em sua residência. Receosa por causa do animal, ela agradeceu e disse que não queria. Mas o homem insistiu, dizendo que iria prendê-lo.

“Ele voltou e disse que eu poderia entrar sem medo. Quando cheguei à sala de visitas, o cachorro veio com toda velocidade, pegou o meu braço e mordeu. Eu fiquei em pânico, porque o bicho era muito grande”, conta. A oficiala comenta que, conforme o proprietário, não era de praxe o cachorro ter esse tipo de comportamento e que um caso como esse nunca tinha acontecido antes. A explicação que deu é porque a cadela estava com filhotes e, por instinto protetor, ele atacou-a.

“Eu ainda acho que ele foi negligente, por não ter prendido devidamente o animal”, afirma. Logo depois, teve de ir a uma unidade de saúde tomar vacina antirrábica. Passado o susto, ela diz que nunca tinha passado por uma situação dessas antes, de ser atacada por um cachorro. Mas por perigo, muitas. A lição que tira do ocorrido é que, por mais que a pessoa diga para o oficial entrar na residência, o melhor é ficar do lado de fora. “Imagine se fosse um pit bull”, divaga.