Oficiais de Justiça participam do Dia de Luta em Defesa da Reposição Salarial
Entre as estratégias traçadas pelo Fuaspec, a principal é a realização, no primeiro dia útil de cada mês, do Dia de Luta. Cada entidade deverá mobilizar a sua categoria
Oficiais e oficialas de Justiça se somaram às diversas categorias de servidores estaduais e participaram, na manhã de ontem, do Dia de Luta em Defesa da Reposição Salarial, realizado em frente ao Palácio da Abolição (no cruzamento da Avenida Barão de Studart com Rua Tenente Benévolo). Representantes das entidades se revezaram no microfone cobrando que o governo retome as negociações com o Fórum Unificado das Associações e Sindicatos dos Servidores Públicos Estaduais (Fuaspec). De 2015 a 2018, o acumulado de perdas já soma 20,64%. Ao não repor a inflação e ao se recusar a receber o Fuaspec, o governo descumpre a Lei nº 14.867/2011, que garante a revisão salarial para os servidores no dia 1º de janeiro de cada ano.
Vagner Venâncio, presidente do Sindojus, destacou que, independente do partido que esteja no poder ou do posicionamento político, se de centro, direita ou esquerda, é preciso que os servidores se unam para combater as injustiças e lutar pela reposição salarial. Disse ainda que a luta dos servidores estaduais não está desvinculada da luta da classe trabalhadora.
“Temos que ser solidários aos trabalhadores do regime geral de Previdência Social, que serão os principais massacrados por essa proposta infame de Reforma da Previdência. O Sindicato dos Oficiais de Justiça tem tradição de luta, já passamos sete meses em greve e estamos junto com todos os servidores na luta pela reposição salarial e somando forças com todos os trabalhadores desse país contra essa infame e perversa reforma”, frisou.
Luta
O Oficial de Justiça Daniel Cordeiro fez questão de participar do ato para reivindicar pelos seus direitos. “Nós não estamos pedindo aumento salarial e sim o que está na legislação, que é a nossa reposição salarial. Quando prestei concurso público eu assumi um compromisso com o Estado e a recíproca tem de ser verdadeira. É por esse motivo que eu estou aqui, pois se não lutarmos pelos nossos direitos não seremos dignos dele”, ressaltou.
O Oficial de Justiça José Moreira Germano disse que acho importante que todos participem, pois como nos últimos anos o governo não vem concedendo a reposição o servidor está perdendo o seu poder aquisitivo. “Aumenta o preço da energia, da escola, da água, aumenta tudo e, como o servidor não tem a revisão salarial garantida, o seu poder de compra a cada dia fica menor”, salientou.
Virada
Na visão da Oficiala de Justiça Hamille Bezerra, o governador Camilo Santana está espelhando toda essa nefasta política nacional e, em algumas situações, até se antecipando, como no caso do aumento da contribuição previdenciária, que saltou de 11% para 14%. “Faz tempo que não participo da luta sindical e resolvi vir para saber como a gente pode fazer essa virada, porque nós não podemos ficamos alheios ao que está ocorrendo. Essa luta é coletiva e temos que estar atentos, porque são muitas mudanças ocorrendo em pouco tempo”, observou.
Marcos André, Oficial de Justiça de Paraipaba, reforçou a importância da participação de todos, pois, diante do atual cenário político, se os servidores não se unirem ficarão à margem. “O servidor público é a bola da vez, colocam como se fôssemos os grandes vilões, quando todos sabem que não somos. É preciso ter respeito pelos servidores, porque somos nós que vamos mudar o país, em vários aspectos”, afirmou.
Agenda de lutas
Entre as estratégias de luta traçadas pelo Fuaspec, a principal é a realização, no primeiro dia útil de cada mês, do Dia de Luta em Defesa da Reposição Salarial. Cada entidade deverá mobilizar a sua categoria com intuito de levar o maior número de servidores possível.
Confira o pronunciamento do presidente do Sindojus na íntegra: