Profissão de risco

Oficialas de Justiça sofrem assalto à mão armada no bairro Barroso

Em uma diligência simples, de intimação, na Avenida Paulino Rocha, as oficialas foram surpreendidas por um homem armado e tiveram o veículo e todos os seus pertences roubados

07/04/2017
Foto: Divulgação

Duas oficialas de Justiça foram assaltadas na manhã desta sexta-feira (7), no bairro Barroso. Kátia Maria acompanhava a colega de trabalho Elzenir de Sousa em uma diligência simples, de intimação, na Avenida Paulino Rocha, quando foram surpreendidas por um homem armado. Ameaçando-as, ele pediu a chave do carro e os celulares. Após entregarem, o veículo foi levado juntamente com o documento do carro, alguns mandados e a bolsa das duas servidoras, com todos os seus bens dentro. “Só ficamos com o mandado na mão”, conta Kátia. 

Logo após o episódio, elas foram ao 13º Distrito Policial, situado no bairro Cidade dos Funcionários, registrar Boletim de Ocorrência. Ainda bastante abalada, Kátia conta que as duas trabalham juntas justamente para uma dar apoio à outra. “Não tem como avaliar, todo mundo vive a mesma realidade de insegurança. No nosso caso estamos mais expostos, porque trabalhamos nas ruas. Não tivemos muito a fazer, não iríamos reagir a um assalto”, comenta.

Casos de assalto à mão armada e ameaça a oficiais e oficialas de Justiça, durante o exercício da função, têm se tornado cada vez mais frequentes no Ceará e chamam a atenção para o risco da profissão. O veículo roubado em questão era patrimônio particular da oficiala.

Prejuízos

O Oficial de Justiça é uma das poucas profissões que coloca um bem privado à disposição do Estado, sem que tenha o devido retorno por isso. A Indenização de Transporte, por exemplo, permanece congelada desde que foi instituída, em 2010 (já são sete anos sem correção), apesar de o preço da gasolina e dos gastos com manutenção terem saltado consideravelmente durante esse período. Além disso, estão expostos a situações de risco como esta.

Quem irá arcar com o prejuízo das oficialas? Quais medidas estão sendo tomadas pelo Poder Judiciário cearense para garantir a segurança de seus servidores? Além do prejuízo material fica o trauma de quem sofre um assalto à mão armada. A despeito disso, a categoria não tem direito, sequer, ao risco de vida. Ainda assim, estão todos os dias nas ruas para assegurar que as decisões judiciais sejam efetivamente cumpridas.

Denuncie

Se você, oficial ou oficiala de Justiça, for vítima de algum tipo de violência no exercício da profissão, denuncie e contate imediatamente o Sindicato dos Oficiais de Justiça do Ceará (Sindojus-CE) para que as devidas providências sejam tomadas e a entidade possa fazer o controle quantitativo dos casos registrados – (85) 3273.3300 / (85) 99154.6823 (Vagner Venâncio, diretor de Comunicação).

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