Todos os servidores do Poder Judiciário alencarino conhecem a combatividade da categoria dos oficiais de justiça. Quando o Sindojus-CE decreta greve, tem greve de verdade. A greve é um instrumento de luta legítimo e na sua utilização deve existir motivo e conveniência. Na atual conjuntura, onde o presidente do TJCE se comprometeu em atender o pleito da isonomia, fez as devidas tratativas com os Poderes Executivo e Legislativo, fez reserva financeira, determinou que a folha de pagamentos do TJCE fizesse os cálculos da isonomia, fazer paralisação de dois dias nesta circunstância é no mínimo uma insensatez.

Se não for uma insensatez, será coisa bem pior. Será uma tentativa de criar um factoide para fazer surgir um “herói” cuja única bravata será a de “chutar um leão morto”. Acontece que esta bravata pode prejudicar todo o atendimento do pleito. Todos recordam que por uma simples manifestação (30/04) inconveniente foi decretado ponto facultativo no Poder Judiciário do Ceará. O que poderá acontecer se esta paralisação for levada a cabo? É evidente que a paralisação é um risco desnecessário.

Para quem está esperando pela isonomia há mais de dez anos, nunca o momento foi tão auspicioso e a conjuntura tão favorável. Para contrabalançar o risco causado pela paralisação, o Sindojus-CE protocolizou ofício endereçado ao TJCE comunicando que nenhum oficial de justiça participará desta paralisação e continua confiando no compromisso firmado pelo presidente Luiz Brígido.

Servidores de secretaria impedidos de manifestar oposição à paralisação

O diretor de comunicação Vagner Venâncio, na manhã de hoje, recebeu ligação telefônica de servidores de secretaria da Comarca de Quixadá, onde também estão lotados Paulo Calixto e Robério Fernandes, solicitando espaço neste site para veiculação de uma nota onde os mesmos afirmam que a paralisação é “pedra de tropeço e não ponto de apoio”. Os servidores reclamam que os comentários deles estão sendo censurados pela administração do site do Sindjustiça.

Clique aqui e veja a nota dos servidores de secretaria de Quixadá.

Algumas Comarcas, como Caucaia e Lavras da Mangabeira, fizeram chegar ao Sindojus-CE o informe de que não vão aderir à paralisação. Solicitamos que a categoria dos oficiais de justiça busque dialogar com seus colegas servidores de secretaria em cada Comarca para avaliar a inconveniência da paralisação e publiquem nos comentários desta matéria a situação de cada Comarca.