Dia do Trabalhador

Luta pela preservação da vida se alia às demais bandeiras históricas neste 1º de maio

Faz-se necessário a união de servidores e da classe trabalhadora na luta pela manutenção de direitos e bem-estar da população, principal afetada pela falta de iniciativas sociais nessa pandemia

30/04/2020

O 1º de maio deste ano de 2020 será diferente. Não haverá atos em praças públicas convocados pelas centrais e entidades sindicais, uma vez que os trabalhadores estão cientes da guerra que se trava contra esse inimigo invisível chamado coronavírus. Este Dia do Trabalhador se torna diferente, pois se alia às demais bandeiras históricas a luta pela preservação da vida. No Brasil, no entanto, esse momento de pandemia está sendo aproveitado pela política do governo federal, tendo à frente o ministro Paulo Guedes, para mais um massacre aos servidores públicos e à classe trabalhadora.

Vagner Venâncio, presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça do Ceará (Sindojus-CE), destaca que se aproveitar desse momento de crise na saúde pública para querer chamar a responsabilidade para o servidor e os trabalhadores em geral é uma atitude infeliz, pois são os servidores e a classe trabalhadora que estão garantindo a manutenção das atividades essenciais do Estado. Em vez de propor congelamento de salários e redução de direitos, ele afirma que o governo deveria investir em saúde, educação e infraestrutura, e não em armas, assim como não deveria liberar R$ 1,2 trilhão ao sistema financeiro.

“Nós temos consciência de que na atual conjuntura há uma dificuldade no caixa dos governos estaduais e municipais, devendo o governo federal ajudar financeiramente esses entes por questões de sobrevivência da população. Cabe, portanto, à classe trabalhadora e aos servidores públicos se unirem mostrando a importância histórica que possuem. A bandeira número um será a da preservação de direitos e manutenção de conquistas para que possamos conseguir passar por esse momento tão difícil de pandemia da Covid-19”, frisa.

Perdas salariais

No Ceará, o acumulado de perdas salariais já soma 26%. Apesar disso, os servidores têm consciência de que a diminuição na arrecadação decorrente da pandemia implicará mais um ano sem reposição inflacionária. “Neste ano não teremos reposição salarial, mas em 2021 as bandeiras serão retomadas, assim como as demais pautas dos servidores públicos estaduais. No caso dos Oficiais de Justiça, nós continuaremos as tratativas com o Tribunal de Justiça tendo muito pé no chão e consciência de que a dificuldade de recursos do Estado impactará nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário”, observa o presidente do Sindojus.

Neste momento delicado pelo qual o mundo passa e diante dos sucessivos ataques por parte do governo federal, o Sindojus reforça a importância de agora, mais do que nunca, servidores públicos e a classe trabalhadora em geral estarem unidos na luta pela manutenção de direitos e pelo bem-estar da população, principal afetada pela falta de iniciativas sociais por parte do governo de Bolsonaro durante esse período de pandemia da Covid-19.

Live

Como parte da programação deste 1º de maio, o presidente do Sindojus Ceará, Vagner Venâncio, participará amanhã (1), às 17 horas, de uma live com o Oficial de Justiça e vereador de Fortaleza, Iraguassú Filho, pela rede social Instagram (@iraguassufilho e @fvagnervenancio). A temática é “Direitos trabalhistas em tempos de pandemia”. Acompanhe!

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