PALAVRA DO PRESIDENTE – A DIFÍCIL MISSÃO DE SER DIRIGENTE SINDICAL E UM DESABAFO
Não sei se este é o momento é mais adequado para falar sobre o tema, entretanto, espero que esse texto possa ajudar alguns críticos contumazes (PEQUENA MINORIA) a, pelo menos, refletirem melhor quando forem destilar os seus venenos. Sei também que a MAIORIA ESMAGADORA dos Oficiais de Justiça compreenderão muito bem esse meu desabafo, pois sabem que, como ser humano que sou, tenho os meus limites e o meu, sinceramente, chegou ao fim.
Todo Trabalhador e, mais especificamente, voltando ao serviço público, todo servidor público terminado o seu horário de trabalho volta para casa para o conforto do seu lar e para os braços de seus familiares. Situação perfeitamente necessária e justa.
O dirigente sindical, além de cumprir rigidamente sua jornada de trabalho como todos os demais colegas de trabalho, ainda tem que dar um “gás extra” e dispor parte do seu tempo que poderia estar curtindo ao lado da família para doá-lo em prol de sua categoria, mesmo nos finais de semana, feriados, etc…
Para alguns Oficiais de Justiça (PEQUENA MINORIA) é só sentar na frente de um computador, navegar na internet e ler os noticiários a respeito do seu cargo (isso quando se tem um site sempre atualizado como o do SINDOJUS/CE). Bem, aí companheiros, mesmo sem saber como se deram os bastidores, os detalhes e as dificuldades das negociações com a administração do TJCE é só não concordar com uma posição tomada pelos Representantes do sindicato para “meter bronca” nos comentários.
O mais legal de tudo é que querem que a gente que tá na linha de frente ouça tudo caladinho, sem direito a dar um “piu”, chegando ao absurdo de um destes críticos fazer um comentário onde não “PEDIA”, mas “EXIGIA” uma resposta do nosso Diretor de Comunicação, Vágner Venâncio, como se o mesmo fosse seu empregado. Outras situações até mais absurdas são enviadas nos comentários, algumas não liberamos, só que aí passamos a ser taxados de censuradores, ditadores, etc…
Pra mim, chega! Não tenho obrigação de aceitar esse tipo de situação e ficar quietinho para não melindrar alguém. Não vou mais ouvir calado nenhuma crítica sem o mínimo de fundamentação. Com certeza, doravante, na medida do possível sempre estarei respondendo a algumas críticas, pois sou ser humano e não tenho sangue de barata.
Neste ponto, ressalto novamente e vou afirmar pela enésima vez, toda crítica, desde que seja construtiva é muito bem vinda e neste sentido tem um objetivo muito nobre que é o de fazer a gente refletir e corrigir o rumo. Só que muitas das críticas que a gente ler por aqui, com certeza, não tem esse objetivo, pelo contrário, o objetivo é qualquer outro menos o de querer ajudar.
Das críticas que recebo com toda a humildade e venho aqui me explicar é na demora da impetração das medidas que corrigirão a questão da isonomia. AINDA ESTA SEMANA DIVULGAREMOS MATÉRIA ESPECÍFICA A RESPEITO, AGUARDEM!
No entanto, mesmo essa crítica fica um pouco exacerbada quando, vez por outra, vem um OJ “lembrar” que foi recolhido dinheiro para a impetração da ADI, como se tudo não tivesse na prestação de contas e não fosse revertido em prol de todos. Aquele que se sentiu “lesado” é só ligar para a secretaria do sindicato e pedir o ressarcimento da doação que devolveremos com o maior prazer.
Sinceramente, acho que alguns destes críticos já perderam totalmente a noção das coisas ou então estão achando que nós, diretores do SINDOJUS/CE, é que temos a caneta na mão. Olha, nesses quase dois anos que estou à frente do sindicato, o que, infelizmente, constatei foi que se não fosse o sindicato, servindo como mediador DE INTERESSES DIVERSOS seria o verdadeiro samba do criolo doido, ou mais de acordo com o velho jargão: “CADA UM POR SI E DEUS POR TODOS”.
Vi muito Oficial “lutar” por um grupo e depois que “resolvia o seu problema”, simplesmente, sumia e abandonava todos os demais colegas à própria sorte e, aqui, como já disse, se não fosse o SINDOJUS/CE, sinceramente, não sei como estaríamos.
Isso aconteceu perfeitamente com um Oficial que se autointitulava “líder” dos Oficiais de Justiça de 2002, o qual depois de ter resolvido o SEU PROBLEMA DE ENQUADRAMENTO NA TABELA DE NÍVEL SUPERIOR, abandonou os demais colegas de 2002 que não estavam albergados pelo Art 7º, parágrafo 3º do PCCR. É pessoal, o individualismo, infelizmente, sempre está acima do coletivo, ou seja, muitos são adeptos do lema: “SINDOJUS/CE resolva o meu problema, o restante pode esperar”.
POSSO GARANTIR A ESSES OJs QUE, ENQUANTO EU, MAURO XAVIER, ESTIVER À FRENTE DESTE SINDICATO SEMPRE COLOCAREI O COLETIVO ACIMA DO INDIVIDUAL, BEM COMO A MAIORIA ACIMA DA MINORIA!!!
Neste momento, onde o SINDOJUS/CE conseguiu uma importante vitória no CNJ, onde terá como consequência um incremento financeiro de 33,33% na remuneração de todos os servidores do TJCE, ainda assim, esses críticos não se dão por satisfeitos e continuam a destilar os seus venenos. Aqui faço uma indagação a esses críticos, qual é a categoria de servidores públicos no País que terá esse ano um incremento na sua remuneração nestes percentuais?
Por fim, quero deixar claro a todos os Oficiais de Justiça do Estado do Ceará que temos a absoluta consciência das nossas responsabilidades e das batalhas que ainda estão por vir como o retorno da nomenclatura “Oficial de Justiça”, o enquadramento na tabela vencimental de Nível superior (OUTRO TEMA QUE TAMBÉM TERÁ MATÉRIA ESPECIAL EM BREVE!), regulamentação da GAM e GEI (OUTRO TEMA QUE TAMBÉM TERÁ MATÉRIA ESPECIAL EM BREVE!) e, principalmente, da Isonomia dos servidores do interior com os da capital, dentre várias outras.
Assim como uma guerra não se vence com apenas uma batalha (apesar de já termos vencido duas, IT e 40 horas), nós ainda temos muitas outras batalhas a serem travadas, entretanto, temos certeza que, ao final, tudo dará certo, só que não se pode resolver tudo ao mesmo tempo.
O que pedimos aos colegas é apenas paciência e confiança, pois, pelo menos, acreditamos que ainda tenhamos algum crédito com a maioria ou não temos?
Mauro Xavier
Presidente do SINDOJUS/CE