Nota de pesar

Morre, aos 71 anos, José Olavo de Norões Ramos, ex-presidente da Associação Cearense dos Oficiais de Justiça

Ele foi presidente da Acojust no início da década de 1980 e um dos protagonistas da luta em defesa dos Oficiais de Justiça do Ceará. A notícia de sua morte precoce causou grande comoção na categoria

09/08/2021
Foto: Reprodução do Informe "A Citação", da Acojust, lançado em dezembro de 1981.

É com profundo pesar que o Sindicato dos Oficiais de Justiça do Ceará (Sindojus-CE) informa o falecimento, ontem, aos 71 anos, de José Olavo de Norões Ramos, ex-Oficial de Justiça e ex-presidente da Associação Cearense dos Oficiais de Justiça (Acojust). O sepultamento ocorreu, na manhã de hoje, no Cemitério Parque da Paz, em Fortaleza. Ele deixa a esposa, Graça, com quem foi casado por mais de 50 anos, três filhos, três netos e um quarto neto, que está para nascer.

Antônio José Norões Ramos, irmão de José Olavo e juiz da 2ª Vara Criminal do Fórum Clóvis Beviláqua, não conseguiu conter a emoção ao falar sobre o irmão. “Ele era o meu pai. Só irmão não, pai para todos nós. Era muito querido e gostava demais de todos da classe”, destacou.

Um dos fundadores da Acojust, José Olavo foi presidente da Associação no início da década de 1980, protagonizando a luta em defesa dos Oficiais de Justiça do Ceará e do que, anos depois, viria a se tornar o Sindicato dos Oficiais de Justiça do Ceará (Sindojus-CE), importante e respeitada entidade de classe do judiciário cearense.

Registro do lançamento do informativo “A Citação”, que tinha, à época, José Olavo como presidente

Homenagens

A notícia de sua morte precoce causou grande comoção na categoria. “Creio que poucos sabem quem foi esta pessoa idealizadora de nosso sindicato, como embrião da criação da associação. O passado não pode ser esquecido”, frisou João Batista Fernandes, presidente da Federação das Entidades Sindicais de Oficiais de Justiça do Brasil (Fesojus-BR). E acrescentou: “a este grande lutador, José Olavo, o meu respeito e reconhecimento, e a todos que plantaram estas árvores que hoje estão dando os frutos que nos alimentam com uma melhor condição de vida”.

O Oficial de Justiça Carlos Alberto Milfont, primo de José Olavo, foi quem informou a perda à categoria. “Que Deus o receba com todos as dádivas das quais ele é merecedor. Para falar sobre a dignidade e o caráter de José Olavo eu teria de escrever um livro. Foi um guerreiro que lutou com bravura até os seus momentos finais, com resignação própria dos justos. Era um ser humano na expressão exata da palavra. Caráter sem jaça e conduta ilibada, a servir de exemplo aos pósteros. Nutria por ele uma estima incomensurável, não só pelos laços do parentesco e, sim, ainda, pelos quase cinquenta anos de uma amizade sincera. Creio, firmemente, que Deus já recebeu a sua alma com grande satisfação e alegria”, disse.

Margarida Brasil, diretora dos Aposentados, contou que teve a honra de fazer o curso de Oficial de Justiça, em 1975, juntamente com José Olavo. Dutra Rocha, suplente da diretoria do Sindojus, falou que José Olavo sempre foi uma pessoa de luta. “Era gente muito boa, humana, solícita, colega dos bons, tanto que procurou crescer na vida”, comentou. Gildo Brito, Oficial de Justiça da Ceman de Fortaleza, também se manifestou. “Grande pessoa, dono de uma educação e gentileza exemplares. Foi, inclusive, meu professor no curso preparatório para o concurso de Oficial de Justiça. Deus o receba em sua glória”, disse.

Solidariedade

Depois de Oficial de Justiça, José Olavo trabalhou como escrivão de cartório por muitos anos, em Sobral, região Norte do Estado. Tendo em vista a relevância que teve na construção e fortalecimento da luta em defesa da categoria dos Oficiais de Justiça, o Sindojus Ceará decreta luto oficial de três dias. O sindicato, em nome dos oficiais e oficialas de todo o Estado, lamenta profundamente tão irreparável perda e roga a Deus que conforte o coração dos familiares e amigos de José Olavo de Norões Ramos nesse momento de dor profunda.

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