Diretrizes gerais

Novo presidente do TJCE se reúne com representantes de entidades de classe

Entre as principais mudanças que anunciou está uma grande reformulação, por meio de novo Código de Organização Judiciária e nova Lei de Reforma Administrativa do tribunal

17/01/2017
Foto: TJCE

O novo presidente do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), desembargador Francisco Gladyson Pontes, que assume no próximo dia 31, reuniu-se, na tarde de hoje, com representantes do Sindicato dos Oficiais de Justiça do Ceará (Sindojus-CE) e do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário para tratar das diretrizes gerais que irão nortear a sua gestão.

Entre as principais mudanças que anunciou está uma grande reformulação, por meio de um novo Código de Organização Judiciária e uma nova Lei de Reforma Administrativa do tribunal, uma vez que o atual, de 2004, já sofreu várias atualizações. O gestor informou que foi elaborado um estudo e que as entidades serão convidadas para darem sugestões. Sendo acatadas, elas deverão ser incluídas no texto que será enviado à Assembleia Legislativa do Ceará (Alce). Outras mudanças previstas tratam da redistribuição de cargos entre o 1º e 2º Graus, com base na Resolução 219 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e corte de terceirizados. A ideia do novo presidente é fazer um enxugamento do 2º Grau, com o remanejamento de servidores para o 1º Grau. Porém, não explicitou detalhes de como esse processo será feito.

Previsão legal

Após fazer uma explanação das dificuldades financeiras pelas quais o tribunal passa, pediu paciência e disse que, na medida do possível, vai tentar implantar todas as demandas previstas em lei, sempre observando a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Os pleitos remuneratórios com previsão legal que mais atingem os Oficiais de Justiça e demais servidores são duas ascensões funcionais em atraso, referentes aos interstícios de 2014/2015 e 2015/2016 – no próximo dia 31 de maio deste ano completa o terceiro interstício em atraso, de 2016/2017.

Com relação à Gratificação de Estímulo à Interiorização (GEI), o desembargador não quis tocar no assunto e disse que precisa se inteirar melhor do assunto. Citou o reajuste do vale-alimentação, que a gestão passada anunciou que iria aumentar para R$ 1.065,50, equiparando-se ao dos magistrados, e a implantação da quarta parcela da isonomia, pleitos que, conforme afirmou, não seriam problemas e, portanto, deverão ser mantidos.

Legalidade

Enfatizou que a sua gestão será pautada pela questão técnico legal e que não irá usar critérios políticos para tomar decisões, e que vai sempre prezar pelo princípio da legalidade e da participação das entidades de classe.

Apesar de ser um primeiro contato mais para ouvir, os diretores do Sindojus Mauro Xavier, Carlos Eduardo Mello e Fillype Gurgel falaram brevemente dos Projetos de Lei de interesse dos Oficiais de Justiça que se encontram parados na Assembleia Legislativa e solicitaram que fosse reencaminhado ofício ao chefe do legislativo cobrando a tramitação das matérias. O desembargador se comprometeu a enviar, só pediu que esperasse ele assumir a presidência.

Análise

“A análise geral que a gente faz desse primeiro contato é positiva. Esperamos que ele realmente cumpra o que nos passou, de participação efetiva das entidades nas decisões, e também de que irá se pautar sempre pela técnica e pela legalidade dos pleitos. Se ele seguir esses dois pilares já será um grande passo”, observa Mauro Xavier.

Também participaram do encontro o desembargador Washington Luís Bezerra de Araújo, novo vice-presidente, os juízes auxiliares Marcelo Roseno e Luciano Lima, e Jacqueline Lima Alves, diretora da Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP) do tribunal. 

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