Novo caso de assalto a Oficial de Justiça é registrado em Fortaleza

Este é o segundo roubo registrado, em menos de 15 dias, na capital cearense. Recorrência põe em evidência o risco da profissão

21/11/2016

Novo caso de assalto a Oficial de Justiça é registrado em Fortaleza. Ednisio Leite da Silva, oficial há 35 anos, chegou às 6h05 de hoje para fazer uma intimação no bairro Vila Peri quando foi abordado por um homem. Com uma pistola preta em punho apontada para o chão, ele surpreendeu o oficial pedindo a chave do carro, a carteira e o celular. Um segundo homem ficou no carro, observando a ação. “Bora, não é brincadeira. Baixa a vista, não olha para mim”, dizia o assaltante repetidas vezes.

Depois de pegar os pertences do oficial, o homem tentou levar o seu veículo. Mas, como estava na terceira marcha, o carro ficou em solavanco. Tentou ligar de novo, mas não conseguiu fazer o veículo pegar, então desistiu e fugiu no automóvel do comparsa. Ednisio conta que, em todas as rotas que já fez, nunca tinha sido assaltado. Começa a trabalhar cedo, justamente para evitar esse tipo de situação.

“É uma insegurança total. A gente tem de se expor, porque o Estado não dá a mínima condição de a gente trabalhar. Está complicado. Ninguém sabe mais qual a melhor hora para cumprir os mandados. Eu achava que era essa, mas pelo visto não é mais”, disse, enquanto estava indo a uma delegacia registrar Boletim de Ocorrência para tentar tirar uma segunda via pelo menos da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), para poder continuar dirigindo. Fora isso, vai ter o transtorno de ter de tirar todos os documentos.

Os frequentes casos de assaltos a oficiais e oficialas de Justiça põem em evidência o risco da profissão. Vulneráveis enquanto estão nas ruas dando cumprimento às decisões judiciais, oficiais e oficialas estão cada vez mais receosos de exercerem a profissão. Em contrapartida, nada é feito pelo Estado e nem pelo Tribunal de Justiça (TJCE) com intuito de garantir melhores condições de trabalho. Apesar do comprovado risco, a categoria não recebe se quer adicional de risco de vida e periculosidade.

Denuncie

Se você, oficial ou oficiala de Justiça, for vítima de algum tipo de violência no exercício da profissão, denuncie e contate imediatamente o Sindicato dos Oficiais de Justiça do Ceará (Sindojus-CE) para que as devidas providências sejam tomadas e a entidade possa fazer o controle quantitativo dos casos registrados – (85) 3273.3300 / (85) 99154.6823 (Vagner Venâncio, diretor de Comunicação).

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