Nota de pesar

Sindicato dos Oficiais de Justiça do Ceará lamenta a morte de Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco

Em uma de suas inúmeras mensagens, o pontífice chamou a atenção para as contradições e guerras que ocorrem em torno do trabalho e reconheceu o papel fundamental dos sindicatos

22/04/2025

O Sindicato dos Oficiais de Justiça do Ceará (Sindojus-CE) manifesta profundo pesar pela morte de Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco. O pontífice faleceu ontem aos 88 anos por complicações decorrentes de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e falência cardíaca irreversível, conforme atestado de óbito divulgado pelo Vaticano. Com a partida de sua santidade o mundo perde uma das vozes mais lúcidas em defesa da paz, do meio ambiente, da democracia e da justiça social. Em uma de suas inúmeras mensagens, chamou a atenção para as contradições e guerras que ocorrem em torno do trabalho e reconheceu o papel fundamental dos sindicatos.

“Nos últimos anos, os chamados trabalhadores pobres aumentaram, pessoas que, apesar de terem um emprego, não conseguem sustentar as suas famílias e dar esperança para o futuro. O sindicato, ouçam bem isto, o sindicato é chamado a ser a voz de quem não tem voz, entenderam? Vocês devem fazer barulho para dar voz a quem não tem voz. Em particular, peço que cuidem dos jovens, muitas vezes são obrigados a contratos precários, inadequados e também escravizantes”, disse.

Em sua última mensagem, papa fez um chamado à paz

Na sua última mensagem, feita no domingo de Páscoa (20), o papa fez um chamado à paz, chamou o aniquilamento de Gaza de desprezível e condenou o rearmamento no mundo. “É preocupante o crescente clima de antissemitismo que se está a espalhar por todo o mundo. E, ao mesmo tempo, o meu pensamento dirige-se ao povo, em particular, à comunidade cristã de Gaza, onde o terrível conflito continua a gerar morte e destruição e a provocar uma situação humanitária dramática e ignóbil. Apelo às partes beligerantes que cheguem a um cessar-fogo, que se libertem os reféns e se preste assistência à população faminta, desejosa de um futuro de paz”, ressaltou.

Acrescentou ainda que não é possível haver paz onde não há liberdade religiosa ou onde não há liberdade de pensamento nem de expressão, nem respeito pela opinião dos outros. “Não é possível haver paz sem um verdadeiro desarmamento”, frisou.

O presidente do Sindojus, Vagner Venâncio, comentou que a morte do papa Francisco deixou o mundo em luto. “Um papa humilde, um homem que pregou o evangelho defendendo os mais pobres, os excluídos, os discriminados, buscando a paz entre as nações, respeitando sempre o próximo. Um dos grandes ensinamentos que ele nos deixou é que viver para os outros é uma regra da natureza, esse ensinamento mostra que a tolerância e o diálogo são fundamentais em todo o nível de vida. Perde a humanidade um papa que honrou o seu mister, um cidadão que soube, como papa, pregar o evangelho como Jesus Cristo nos ensinou”, disse.

Saiba mais

Nascido em 17 de dezembro de 1936 em Buenos Aires, na Argentina, Francisco foi o primeiro papa latino-americano da história. Ele também foi o primeiro pontífice da era moderna a assumir o papado após a renúncia do seu antecessor e, ainda, o primeiro jesuíta no posto. À frente da Igreja Católica por quase 12 anos, Francisco foi o papa número 266. Em 13 de março de 2013, durante o segundo dia do conclave para eleger o substituto de Bento XVI, Bergoglio foi escolhido como o novo líder – inclusive contra a sua própria vontade, segundo ele mesmo admitiu.

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Luana Lima

Jornalista

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