Foto: Luana Lima

Servidores públicos do Estado realizaram, na manhã desta quarta-feira (1), protesto em frente à Assembleia Legislativa do Ceará. Teve bolo em forma de caixão e até um simbólico enterro pelos dois anos de morte do reajuste salarial. No auge do ato, a Rua Barbosa de Freitas chegou a ser fechada, com intuito de chamar a atenção da população. Dentro da Assembleia, autoridades participaram da cerimônia de posse do deputado Zezinho Albuquerque, reeleito presidente da Casa.

Presente ao evento, o governador Camilo Santana afirmou que vai se reunir na tarde de hoje com a área econômica do governo para avaliar qual o percentual de correção será possível conceder e, provavelmente amanhã, deverá apresentar à Assembleia, por ocasião da sua visita para abertura dos trabalhos legislativos.

Inflação

“Em 2015, nós demos a inflação de 2014, que foi de 6,45%. Em 2016, diante do cenário econômico, eu tomei a decisão de, ao invés de dar para todos, corrigir algumas distorções que existiam que eram reclamações dos servidores”, declarou o governador à imprensa.

De acordo com Camilo, o seu governo concedeu reajuste para servidores do Detran e da Polícia Civil, com ganho real. Disse ainda que pretende enviar à Assembleia mensagem igualando o salário dos Policiais Militares à média salarial do Nordeste. Para os demais servidores, porém, o reajuste foi de 0%. Após dois anos sem terem sequer a correção inflacionária, o acumulado de perdas salariais já soma 17,63%. Sem falar no aumento da contribuição previdenciária, que saltou de 11% para 14%, representando ao todo impacto de 20,63% no salário do servidor público.

Diferenciação

Ao escolher áreas que considera prioritárias o governador cria uma diferenciação entre as diversas categorias do funcionalismo público. É como se algumas áreas fossem mais importantes que outras. E ao não conceder reposição inflacionária reduz o poder de compra do trabalhador, enquanto todos os itens e serviços ofertados à população sofreram aumento significativo.

Por mais respeito ao servidor público e por um tratamento isonômico entre as diversas categorias, o Sindicato dos Oficiais de Justiça do Ceará (Sindojus-CE) reivindica reposição inflacionária já!